Conhecido por ser um tratado global que busca aplicar mudanças para reduzir danos climáticos, o Acordo de Paris foi realizado em 2015, durante a 21ª Conferência das Partes (COP21). Desde então, todos os anos, as conferências realizadas com os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, em inglês), reforçam os preceitos firmados no acordo. Mais do que mostrar que os países estão comprometidos em mudar algumas ações para reduzir danos ao clima, o Acordo de Paris é também um parâmetro para novas ações em diferentes áreas de negócios, como a construção civil.

No ano passado, a COP27, que ocorreu no Egito, reforçou a importância de se cumprir as questões previstas no Tratado de Paris e mostrou que muitas mudanças ainda não estão sendo feitas. Na indústria da construção, considerada uma das mais poluentes do mundo, está o foco de muitas melhorias previstas neste acordo.

Veja mais detalhes abaixo!

acordo de paris e cop27Redução de gases do efeito estufa: o que prevê o Acordo de Paris?

Um dos grandes focos do Acordo de Paris está relacionado com a emissão de CO2, gás responsável pelo efeito estufa. O acordo estabelece metas e traz diversas diretrizes para os mais de 150 países que fazem parte da convenção da ONU. Mudanças no formato de produção e na economia como um todo poderiam limitar o aumento da temperatura da Terra em até 2°C nos próximos 100 anos. Outro objetivo seria limitar esse aumento de temperatura em 1,5°C até 2100.

Visando promover a cooperação entre governos, empresas, organizações sem fins lucrativos e sociedade civil, a meta é mudar formatos de produção que contribuem para o efeito estufa. Na indústria da construção, a produção de cimento é uma das grandes responsáveis pela emissão destes gases. Portanto, parte-se do princípio de que as nações envolvidas com a COP estejam abertas para inovações que promovam a descarbonização na construção civil.

Estamos avançando?

Na COP27, que ocorreu no último ano no Egito, o cenário foi bem diferente do esperado. De acordo com a ONU, houve pouco avanço dos países que haviam se comprometido com o Acordo de Paris e muito precisa ser feito para reverter a situação climática atual.

Para se ter uma ideia, a ONU aponta que, contando que haja a adoção de ações para a redução do efeito estufa, haverá aumento de 2,4ºC a 2,6°C na temperatura global até o fim deste século. Ou seja, um aumento muito maior do que o previsto.

Para manter esses índices, inovações precisam ser colocadas em prática o quanto antes.

Brasil: país pode ser referência em descarbonização

Apesar de ter aparecido como um dos protagonistas do Acordo de Paris, o Brasil não conseguiu cumprir o que havia acordado na época. No entanto, no último ano, durante a COP27, fez um compromisso audacioso de reduzir 50% das emissões dos gases associados ao efeito estufa até 2030.

Tecnologias começam a ganhar espaço

Para cumprir com o acordo de redução das emissões de CO2, o país precisa abraçar novas ideias que promovam o crescimento econômico sustentável, junto à preservação do meio ambiente.

Na construção civil, a descarbonização começa a se tornar um caminho possível. Por aqui, uma das tecnologias apontada como referência global é a Carbon Cure. O sistema comercializado com exclusividade no país pela Camargo Química, captura o CO2 de grandes emissores e injeta na mistura de concreto. O resultado? Um produto com mais resistência e a possibilidade de a concreteira entrar no mercado de crédito de carbono – além de contribuir com a redução das emissões, ainda é possível comercializar créditos de carbono, recebendo por isso.

Assim, soluções como o Carbon Cure prometem ser essenciais para que o Brasil cumpra o previsto no Acordo de Paris e torne-se mais atrativo para investimentos, especialmente entre as grandes empresas e investidores que já focam no ESG para direcionar recursos.

Descarbonizar a construção civil é também um compromisso que leva os negócios a estarem mais conectados com seus consumidores, mostrando que existe viabilidade financeira para se fazer diferente, sem abrir mão da qualidade da produção.

Para saber mais sobre as inovações que já estão disponíveis na construção civil do país e serão referências em ESG, acompanhe nossos conteúdos!