A contração volumétrica, um fenômeno conhecido como retração do concreto, é um desafio constante para profissionais da construção civil, especialmente por afetar a durabilidade e a confiabilidade das estruturas.
A principal causa da retração do concreto é a eliminação da água presente em sua composição, em um processo chamado exsudação. No entanto, outros fatores também influenciam, caso das:
- Reações químicas;
- Condições climáticas;
- Proporção dos materiais;
- Traço do concreto.
Para evitar a ocorrência deste problema, uma série de medidas deve ser colocada em prática, desde a correta escolha do cimento até o uso de aditivos capazes de reduzir o volume das fissuras de retração.
Quer saber mais sobre como evitar este problema? Continue a leitura!
O que é a retração do concreto?
É a redução do volume da massa cimentícia, que ocorre principalmente durante o processo de cura do material.
Nela, a perda de água por evaporação causa a diminuição do volume, gerando tensões internas que podem levar ao surgimento de fissuras.
Do ponto de vista técnico, um artigo da Universidade Federal de Minas Gerais definiu a retração da seguinte forma:
“Redução de volume pela perda de umidade de um elemento de concreto, seja no estado fresco, seja no estado endurecido. Esta perda de umidade ou evaporação fará com que o concreto se enfraqueça. Isso pode levar a fissuras, deformação interna e externa de flexão”.
O mesmo artigo reforça que o tema é complexo devido aos diferentes tipos de retração existentes, suas respectivas causas e consequências.
Assim, o fenômeno pode ocorrer em todo tipo de concreto, mas as variações mais recorrentes são:
- Retração plástica: ocorre nas primeiras horas após a concretagem, devido à rápida perda de água na superfície;
- Retração autógena: ocorre durante o processo de hidratação do cimento, devido à redução do volume dos produtos da reação, sendo também chamado de auto secagem ou auto dessecamento;
- Retração por secagem: ocorre a longo prazo, devido à perda gradual de água do concreto para o ambiente.
Quais são as causas da retração?
A retração do concreto ocorre naturalmente. Ela pode surgir na hidratação do cimento, na sua fase plástica ou durante o seu endurecimento.
Veja abaixo algumas das causas comuns:
Tamanho e qualidade dos materiais utilizados
Tanto o tamanho quanto a qualidade dos materiais utilizados, caso da areia, cascalho, aditivos etc., podem afetar o equilíbrio nas quantidades de água e cimento.
Neste caso, a fluidez aleatória desses componentes, assim como a granulometria, pode afetar a combinação entre agregados finos e graúdos.
Caso contrário, pode existir comprometimento qualitativo com aumento das chances de retração.
Fatores climáticos
Fatores como alta temperatura, baixa umidade relativa do ar e velocidade do vento incidente sobre a peça recém concretada podem determinar a maior ou menor retração do concreto.
Eles influenciam diretamente os processos de evaporação da água, especificamente durante a “pega” da massa.
Portanto, o recomendado, segundo o artigo da UFMG citado anteriormente, é que o traçado seja executado sob as seguintes condições:
- Temperatura do ar não superior a 25°C e do concreto de 30ºC;
- Umidade relativa do ar sempre abaixo de 40%;
- Velocidade do vento abaixo de 14 km/h.
Geometria do concreto
Neste caso, citamos especificamente a relação entre a área e o volume do concreto. Especialistas salientam que uma “superfície rasa” é muito mais suscetível à perda de água por evaporação.
Isto é, as estruturas como lajes, azulejos/pisos e pavimentações, caracterizadas pelo pouco volume, tendem a se retrair com facilidade.
Como minimizar a retração do concreto?
Uma forte retração pode ter efeitos irreversíveis para a construção civil. Por isso, é responsabilidade dos profissionais agir preventivamente.
Eles devem prever as manifestações patológicas desta doença ainda na fase de projeto e tomar medidas que aumentem a qualidade do resultado final e a durabilidade da estrutura.
Sabendo disso, há uma série de cuidados gerais que devem ser colocados em prática para que uma obra não sofra com danos:
- Controle da relação água/cimento: utilizar a menor quantidade de água possível, sem comprometer a trabalhabilidade;
- Cura adequada: manter o concreto úmido durante todo o período de cura, utilizando métodos de aspersão de umidade, aplicação de mantas úmidas ou compostos de cura química;
- Uso de agregados de qualidade: escolher agregados com a granulometria adequada, baixa absorção de água e ausência de materiais finos em excesso;
- Aplicação de compensadores de retração: utilizar aditivos que compensam a retração e aumentam a segurança e durabilidade da estrutura de concreto;
- Juntas de dilatação: planejar juntas de dilatação em locais adequados da estrutura, para acomodar a movimentação do concreto devido à retração e variações de temperatura.
A importância dos aditivos para o controle da retração do concreto
Na construção civil, os aditivos são fundamentais em diversas etapas de uma obra. O mais interessante é que existem excelentes soluções para controlar a retração do concreto, especialmente em estruturas de grande porte ou em ambientes agressivos.
O CQ Compenser, da Camargo Química, por exemplo, é um aditivo em pó isento de cloretos, sulfoaluminato e outros componentes prejudiciais.
Seu uso controla a retração e permite preparar concretos com o mínimo de fissuras, preenchendo totalmente espaços vazios, além de facilitar a aplicação em frestas e espaços confinados.
Esse aditivo proporciona:
- Redução da retração: minimiza o risco de fissuras, garantindo a integridade da estrutura;
- Aumento da durabilidade: reduz a permeabilidade da estrutura contra agentes agressivos, prolongando sua vida útil;
- Compensação da retração: atua diretamente para compensar a perda de volume e reduzir as tensões internas;
- Aumento da resistência: ganhos na dureza superficial do concreto;
- Menor manutenção: propicia a protensão química do concreto em piso industrial, com aumento das dimensões de placas e redução de juntas (jointless).
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